Só queria falar uma coisinha

Nossa, eu pensei tanto tempo em escrever com frequência pra este blog. Fiz planos de postar alguma coisa pelo menos três vezes por semana, e veja o que acontece, nada deu certo. Continuo postando coisas aqui a cada dez dias, pelo menos.

Definitivamente não sei mais o que fazer para mudar essa realidade, e o problema nem é a falta de tempo para escrever, isso a gente dá um jeitinho, afinal, como dizem grandes nomes do nosso mundo profissional (os patrões) “o que você faz da meia noite às 6?”. O problema é a falta de tempo pra desenvolver algum assunto, e até a falta de tempo para encontrar um assunto.

Fico pensando no que dizer, sempre, pra não acabar dizendo coisas desinteressantes (espero ter conseguido até agora), e pensando nisso, acabei encontrando um assunto pertinente aos meus pensamentos, justamente esse: gente que fala, fala, e não tem nada a dizer.

Tá, vamos lá, quem é que nunca se pegou falando pelos cotovelos e, depois, percebeu que não fazia tanto sentido o que estava falando? Acho que todo mundo já cometeu essa gafe pelo menos uma vez na vida. E as vezes o problema nem era o que você estava falando, mas pra quem você estava falando. De repente o assunto fazia o maior sentido, assim como tudo o que você havia dito também, mas estava sendo direcionado às pessoas erradas.

Certa vez, por exemplo, me peguei comentando sobre um vídeo que tratava de forma cômica o cotidiano de um publicitário, com uma amiga que não tem ideia de como seja, nem o que envolve esse universo. O texto era longo, cheio de gírias específicas do meio, e eu achando que estava abafando com a “piada”. No final das contas, as piada estava sendo eu mesma, e uma piada bem chata.

Todo mundo está sujeito a esse tipo de situação, é algo involuntário, mas é importante se policiar, porque ser desagradável é bem desagradável e pode prejudicar nossas relações. Nem sempre falar bastante é sinônimo de simpatia, pode ser sinônimo de idiotice também. Principalmente quando estamos no meio de um grupo que está discutindo sobre algo que não conhecemos. Pra que fingir que sabe se não sabe? É mais inteligente ficar quieto ou, se for viável, assumir que não sabe e buscar aprender, alí, na conversa mesmo.

Porque estou abordando esse assunto, não sei, acho que é por vontade de falar pelos cotovelos e não ter o que falar. Viu só como é chato isso. Fiz você ler esse poste inteiro, disse um monte de coisas, e na verdade, eu não queria dizer nada, porque, simplesmente, não tenho nada pra dizer. Eu queria mesmo é provar como é chato e irritante, alguém que não tem o que dizer e fica falando mesmo assim.

É isso. Eu não tinha nada pra dizer.

Ou tinha. Depende da sua interpretação.

Meus versos simples

Não é nenhuma novidade. Não falo nada que as pessoas já não saibam. Mas às vezes, relembrar é importante, e algumas coisas podem passar batidas por nós,  por estar em nosso inconsciente que insiste em não se manifestar.
Quem sabe com esses pequenos, talvez batidos, mas verdadeiros versos que escrevo, consigamos vivenciar mais esses verdades escondidas em nós.
Apenas digo, com minhas palavras, o que é de conhecimento comum. Que sirva de inspiração pra você, assim como foi pra mim.
“Vontade e esforço, embora não sejam suficientes, compõem 90% do caminho a percorrer para se alcançar os objetivos”.

Microconto

Começo agora uma nova série, a de microcontos. Gosto de viajar nas palavras dizendo o que se pode entender se viver, ao menos por alguns instantes, o que se diz. Indecifráveis? Nunca. Compreensíveis? Talvez. Verdadeiros? Quase sempre.

Microconto:

“Ele dizia: não quero nunca machucá-la.
Ela pensava: já não posso mais viver sem ele.
A vida insistia: Mas você viverá.”

A vida, agora.

Vamos lá, abandonar por alguns instantes meu instinto romanticíssimo para falar um pouco sobre outras coisas que não exija versos estruturados. Vamos então falar de alegria, de festa, de amigos, de baladas, de trabalho, de Deus, de tudo que nos envolve e constrói a nossa vida.

Que tema abrangente, né? Pois é, fica meio difícil mesmo em apenas um post falar sobre todas essas coisas, aliás, eu nem saberia o que falar sobre todas essas coisas, já que são pessoais, e cada pessoa encara de uma maneira. O máximo que, talvez, eu conseguisse falar é sobre minhas experiências. Mas isso não é assunto interessante pra ninguém que não me conheça, e quem já me conhece, já conhece também o meu dia a dia.

Enfim, queria mesmo é falar de como é bom aproveitar a vida, que está relacionado a tudo que eu disse ali em cima (tema apropriadíssimo pra uma sexta-feira), como é bom dedicar um tempo pra nós mesmos, deixar de lado as preocupações com trabalho, dinheiro, sentimento etc. etc. etc. São tantas coisas que invadem nossos dias que raramente paramos pra viver de verdade (claro que, isso é pra algumas pessoas, porque outras sabem, e muito, como viver).

O fato é que, sempre trabalhamos, estudamos, pensando em construir um futuro. Mas o problema é que esse “construir um futuro” é constante, não para, e, se analisarmos, passamos a vida inteira tentando construir o futuro, que acaba nunca chegando.

Por isso, eu defendo que o importante de verdade é planejar o futuro, se preparar pra ele é fundamental sim, mas viver o agora é indispensável. É legal fazer loucuras, às vezes; é bom extrapolar, fugir do limite, esquecer que existe o amanhã e aproveitar única e exclusivamente o hoje (mas lembre-se que eu disse, só às vezes), por que ficar preso a uma ideia de que eu preciso me privar hoje pra ter amanhã pode não funcionar, afinal, hoje você diz isso, amanhã também, e depois, e depois, e aí? Quando é que você vai realmente aproveitar, se o amanhã estará sempre no amanhã?

Acordei hoje com vontade de falar sobre isso porque é sexta-feira, e sextas são sempre inspiradoras, é como se uma fase acabasse (o trabalho) e um novo ser surgisse em nós (o baladeiro, pra quem curte festa; o fiel, pra quem se dedica mais à igreja; a dona de casa, pra quem é mãe; o jogador de futebol, para os homens, e por aí vai), uma boa oportunidade pra colocarmos em prática o assunto deste post.

Claro, não estou dizendo que não devemos pensar no amanhã, longe disso, e já disse por várias vezes. Mas é possível, sim, viver o hoje, fazer a oportunidade e não esperar que ela venha. E isso sem se desfazer da responsabilidade, do bom senso (mesmo que faça loucuras) e dos limites. Todos nós nos conhecemos bem, eu acho, então sabemos exatamente onde podemos chegar, o que nos fará bem sem prejudicar nossos dias vindouros.

A mensagem que eu quero deixar aqui, resumidamente, é: troque aquela obsessão pelos estudos por algumas horas de conversa com os amigos; aquele hábito de pensar no trabalho o tempo todo por uma noite de festa sem hora pra acabar; aquele medo de gastar o dinheiro que você economizou por uma ida ao cinema, ao teatro ou coisa assim. Não precisa fugir dos seus objetivos, nem prejudicar o seu tão esperado futuro. Mas viver agora e aproveitar as coisas boas da vida no hoje é fundamental.

Angústia

Mais um poema, que compõe a minha fase ‘poetisa’.

Apenas peço que não confundam minha maneira de escrever com meu momento. Ao contrário do que parece pelo poema, não estou na fase de sofrer, principalmente, em silêncio. Me sinto feliz, mas não consigo abandonar esse lado triste do poema, que, pra mim, são os mais belos.

Angústia

“Eu sempre sofri em silêncio
E as dores, escondidas pelo sutil sorriso
De um alguém que insiste em ser feliz
Vez ou outra tentaram me fazer desistir.
Mas não! Nunca deixei que isso acontecesse.
Eu aprendi muito.
Esqueci muito do que eu sabia também.
E não será agora que isso vai mudar.
Aliás, isso nuca mudará.
Continuarei eternamente aprendendo e esquecendo coisas.
Isso não é algo que me agrada,
Mas não consigo controlar a lei da natureza,
Que é bem diferente da lei dos homens.
Ainda que ela só exista pela cruel “lei dos homens”
Que para sempre irá condenar pessoas como eu e como você,
A algum momento da vida,
Sofrer em silêncio.”